PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE JOÃO
PESSOA
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – CLASSE
TEMÁTICA
TEMA: LIVRO
DO APOCALIPSE
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Principais
Escolas de Interpretação do Livro do Apocalipse
1 – ESCOLA PRETERISTA
O ponto de vista preterista considera a interpretação histórica do
Apocalipse seriamente, relacionando-a com seu autor original e o público. Isto
é, João destinou seu livro para as verdadeiras igrejas que enfrentaram
terríveis problemas no século 1º d.c.
Partindo desse pressuposto, os preteristas advogam que há dois
propósitos principais e fundamentais relativas aos ouvintes originais. Em primeiro lugar, foi projetado
para fortalecer a igreja do século 1º contra uma tempestade de perseguições. Em segundo lugar, foi para
reforçar a igreja para uma reorientação fundamental no rumo da história
redentora, pois o foco não era somente da aliança antiga de Israel, mas do
Cristianismo apostólico (At. 1.8; 15.2) e o tempo (Mat. 24.1-34 e Ap. 11).
2 – ESCOLA
FUTURISTA
Tudo o que é profetizado no livro a partir do capítulo 4 tem a ver
com os últimos dias, sem nenhuma aplicação na história da igreja. O ponto de
vista futurista divide-se em duas correntes: A Moderada (ou
Pré-Milenarismo Histórico) e a Extrema
(ou Pré-Milenarismo Dispensacionalista).
Embora haja grandes divergências de interpretação entre essas duas vertentes
hermenêuticas, elas concordam que o propósito do livro de Apocalipse é
descrever a consumação do propósito redentor de Deus no fim dos tempos. O ponto
de vista moderado não vê razão, como o extremo, de fazer uma diferença tão
definida entre Israel e a Igreja. O povo de Deus que sofre a perseguição feroz
e a igreja. Também não vê razão para reconhecer nas sete cartas uma predição de
sete períodos da história da igreja. Não há qualquer evidência interna para tal
interpretação, há apenas sete cartas para sete igrejas históricas.
3 – ESCOLA
HISTÓRICA
Este método encara o Apocalipse como uma profecia simbólica de
toda a história da Igreja até a volta de Cristo e o fim dos tempos. Assim, o
livro de Apocalipse é uma profecia da história do Reino de Deus desde o
primeiro advento de Cristo até o segundo advento. O livro é rico em símbolos,
imagens e números: ele está dividido em sete seções paralelas progressivas –
sete candeeiros, sete selos, sete trombetas e sete tacas.
Agostinho, os Reformadores, as Confissões Reformadas e a maioria
dos grandes Teólogos seguiram essa linha.
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Correntes
de Interpretação do Livro do Apocalipse
1 – PÓS-MILENARISTA
Ensina que a segunda vinda de Cristo se seguirá a um longo período
de retidão e paz, chamado de milênio. O milênio se encerrará com a segunda
vinda de Cristo, a ressurreição e o julgamento final. Em suma, os
pós-milenistas apresentam um reino espiritual nos corações dos homens. O
pós-milenismo crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e
poderoso reavivamento, produzindo um crescimento espantoso da igreja a ponto da
terra encher-se do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar. O pós-milenismo
foi o ponto de vista defendido praticamente por todos os grandes protestantes e
comentaristas evangélicos conservadores durante o século XIX. Homens como
Jonathan Edwards, Charles Hodge e Benjamim Wanfield, os famosos teólogos do
seminário de Princeton, foram defensores do pós-milenismo.
Essa corrente, contudo deixa de perceber que antes da vinda de
Cristo estaremos vivendo um tempo de crise e não um tempo de despertamento
espiritual intenso e universal. Devemos rejeitar essa corrente. Parece-nos que
o otimismo incontido dos mestres do pós-milenismo desfez-se no dramático
realismo do século XX, com duas sangrentas guerras mundiais e o mundo sendo
abocanhado pelo comunismo ateu. Millard Erickson interpreta corretamente quando
diz que o forte declínio da popularidade do pós-milenismo é resultado mais das
considerações históricas do que exegéticas.
O pós-milenistas não é literalista no que diz respeito à duração
do milênio: o milênio é um período longo
de tempo, não necessariamente mil anos medidos pelo calendário. O milênio
terminará com a segunda vinda de Cristo, em vez de começar com ela.
2 –
PRÉ-MILENISTAS DISPENSACIONALISTA
Ensina que a segunda vinda de Cristo não seguirá, mas precederá o
milênio.
John Nelson Darby descreveu a vinda de Cristo antes do milênio,
consistindo de dois estágios: o primeiro,
um arrebatamento secreto removendo a igreja antes da grande tribulação devastar
a terra; o segundo, Cristo vindo com
seus santos para estabelecer o reino.
Um dos maiores fatores para o crescimento do dispensacionalismo no
meio evangélico foi a Bíblia Anotada de
Scofield. Essa bíblia foi publicada em 1909 e desde então tem longa
aceitação nos Estados Unidos e em quase todo o mundo. Scofiel divide a bíblia
em sete dispensações:
(1ª) Inocência desde Adão até a queda;
(2ª) Consciência desde a queda até o Dilúvio;
(3ª) Governo desce o Dilúvio até Abraão;
(4ª) Promessa desde Abraão até Moisés;
(5ª) Lei desde Moisés até o Calvário;
(6ª) Graça desde o Calvário até a Grande Tribulação;
(7ª) Reino desde a Grande Tribulação até o fim do
reinado de Cristo por mil anos na terra.
Dentro dessa visão dispensacionalistas, a igreja é apenas um
parêntesis na história, equivocadamente se pensa que a igreja é o mistério que
não tinha sido previsto pelos profetas no Antigo Testamento.
Eis alguns ensinos do Pré-milenistas dispensacionalistas:
a)
Distinção entre Igreja e Israel
no tempo e na eternidade;
b)
O reino de Deus adiado para o
milênio terreno;
c)
A crença num arrebatamento
secreto, seguido de uma segunda vinda visível;
d)
A ideia de que a igreja não
passará pela grande tribulação;
e)
A idéia de que teremos várias
ressurreições;
f)
A idéia de que haverá chance de
salvação depois da segunda vinda de Cristo.
3 –
PRÉ-MILENISTAS HISTÓRICO
Ensina que as profecias do Antigo Testamento precisam ser
interpretadas à luz do Novo Testamento para obter-se seu significado mais
profundo. Por isso o Novo Testamento aplica profecias do Antigo Testamento à
igreja neotestamentária, e assim fazendo, identifica a igreja com o Israel
Espiritual (Rom. 9.24-26). Romanos 4.11; Colossenses 3.24 ensina também que o
povo de Deus que sofre a perseguição feroz é a igreja. Não aceita que no
milênio será restaurados os sistemas sacrificiais do Antigo Testamento, quer
memoriais ou não, pois isso opõe-se diretamente a Hebreus 8.13.
4 – AMILENISTAS
Ensina que não há um milênio literal. Acredita-se que o milênio é
um período indeterminado que via da primeira à segunda vinda de Cristo.
O Amilenismo tornou-se a interpretação dominante no Concílio de
Éfeso em 431 d.C. Daí para frente crer num milênio terrenal era considerado superstição.
Os reformadores protestantes continuaram com o Amilenismo Agostiniano. As
Confissões Reformadas, sem exceção, abraçaram também o Amilenismo. Essa corrente
parece-nos a que mais consistentemente interpreta o livro do Apocalipse com
integridade hermenêutica.
O termo A-milenismo não é muito feliz, diz
Antony Hoekema, pois sugere que os amilenistas não crêem no milênio ou não
levam em conta os primeiros seis versículos de Apocalipse 20, que falam de um
Reino de Mil anos. Os Amilenistas, embora creiam no milênio, não o interpretam
de forma literal. O Amilenismo crê que o milênio está hoje em processo de
realização. Ele vai da primeira à segunda vinda de Cristo. Por isso, Jay Adams
sugeriu que o termo Amilenismo seja trocado por milenismo realizado. Antony
Hoekema diz que hoje vivemos a tensão entre o “já” e o “ainda não”. Já
estamos no Reino, mas ainda não na sua plenitude. O Reino chegou. Ele está
dentro de nós, mas ainda não na sua consumação final.
Antony Hoekema sintetiza a visão do milênio conforme a
interpretação amilenistas, nos seguintes termos:
Os amilenistas entendem que o milênio mencionado em Apocalipse
20.4-6 descreve o presente reinado das Almas dos crentes falecidos que estão
com Cristo no céu. Eles entendem que a prisão de Satanás que se menciona nos
primeiros três versículos deste capítulo estão em efeito durante todo do
período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, ainda que terminará pouco
tempo antes do regresso de Cristo. Ensinam, pois que Cristo regressará depois
deste reinado celestial de mil anos.
Muito bom conhecer sobre esses pensamentos.pas de Cristo
ResponderExcluirEU AMILNISTA, E MESO-TRIBULACIONISTA. AGUSTINIANO
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