quarta-feira, 12 de junho de 2013


APOCALIPSE 2:8-11

TEMA: COMO SER UM CRISTÃO FIEL ATÉ A MORTE

INTRODUÇÃO

1. É possível ser fiel e fiel até à morte num mundo carimbado pelo relativismo? O sofrimento revela quem é fiel e quem é conveniente. Aqui vemos uma igreja sofredora, perseguida, pobre, caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma igreja fiel que só recebe elogios de Cristo.

 
2. Tudo o que Jesus diz nesta carta tem a ver com a cidade e com a igreja:

a) Uma igreja pobre numa cidade rica - Esmirna era rival de Éfeso. Era a cidade mais bela da Ásia Menor. Era considerada o ornamento, a coroa e a flor da Ásia. Cidade comercial, onde ficava o principal porto da Ásia. O monte Pagos era coberto de templos e bordejado de casas formosas. Era um lugar de realeza coroado de torres. Tinha um magnífica arquitetura, com templos dedicados a Cibeles, Zeus, Apoio, Afrodite e Esculápio. Hoje essa é a única cidade sobrevivente, com o nome de Izmir, na Turquia asiática, com 255.000 habitantes.

b) Uma igreja que enfrenta a morte numa cidade que havia morrido e ressuscitado - Esmirna havia sido fundada como colônia grega no ano 1.000 a.C. No ano 600 a. C, os lídios a invadiram e destruíram por completo. No ano 200 a. C, Lisímaco a reconstruiu e fez dela a mais bela cidade da Ásia. Quando Cristo disse que estivera morto, mas estava vivo, os esmirneanos sabiam do que Jesus estava falando. A cidade estava morta e reviveu.

Uma igreja fiel a Cristo na cidade mais fiel a Roma - Esmirna sabia muito bem o significado da palavra fidelidade. De todas as cidades orientais havia sido a mais fiel a Roma. Muito antes de Roma ser senhora do mundo, Esmirna já era fiel a Roma. Cícero dizia que Esmirna era a aliada mais antiga e fiel de Roma. No ano de 195 a. C, Esmirna foi a primeira cidade a erigir um templo à deusa Roma. No ano 26 d.C, quando as cidades da Ásia Menor competiam o privilégio de construir um templo ao imperador Tibério, Esmirna ganhou de Éfeso esse privilégio. Para a igreja dessa cidade, Jesus disse: "Sê fiel até à morte".

Uma igreja vitoriosa na cidade dos jogos atléticos - Esmirna tinha um estádio onde todos os anos se celebravam jogos atléticos famosos em todo o mundo; os jogadores disputavam uma coroa de louros. Para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa da vida.

 
3. Ser cristão em Esmirna era um risco de perder os bens e a própria vida. Essa igreja pobre, caluniada e perseguida só recebe elogios de Cristo. A fidelidade até a morte era a marca dessa igreja. Como podemos aprender com essa igreja a sermos fiéis?

4. A fidelidade é um princípio básico da vida cristã: hoje os maridos e esposas estão quebrando os votos assumidos no casamento. Os pais estão quebrando os votos assumidos no batismo dos filhos. Os crentes estão quebrando os votos feitos na profissão de fé. Como ser um crente fiel em tempos de prova?

 
I. NÃO TENDO UMA VISÃO DESROMANTIZADA DA VIDA - V. 8-9

> A igreja de Esmirna estava atravessando um momento de prova e o futuro imediato era ainda mais sombrio. Há quatro coisas nesta carta que precisamos destacar, se queremos ter uma visão desromantizada da vida:

1. Tribulação - v. 9

• A idéia de tribulação é de um aperto, um sufoco, um esmagamento. A igreja estava sendo espremida debaixo de um rolo compressor. A pressão dos acontecimentos pesava sobre a igreja e a força das circunstâncias procurava forçar a igreja a abandonar a sua fé.

• Os crentes em Esmirna estavam sendo atacados e mortos. Eles eram forçados a adorar o imperador como Deus. De uma única vez lançaram do alto do montes Pagos 1200 crentes. Doutra feita, lançaram 800 crentes. Os crentes estavam morrendo por causa da sua fé.

• Como entender o amor de Deus no meio da perseguição? Como entender o amor do Pai pelo seu Filho quando o entregou como sacrifício? Onde é sacrificado o amado, o amor se oculta. Isso é a Sexta-Feira da Paixão: Não ausência, mas ocultação do amor de Deus.



 

2. Pobreza

• A pobreza não é maldição. Jesus disse: "Bem-aventurados os pobres" (Lc 6:20). Tiago diz que Deus elege os pobres do mundo para serem ricos na fé (Tg 2:5). Havia duas palavras para pobreza: ptochéia e penia. A primeira é pobreza total, extrema. Era representada pela imagem de um mendigo agachado. Penia é o homem que carece do supérfluo, enquanto ptochéia é o que não tem nem sequer o essencial.

• A pobreza dos crentes era um efeito colateral da tribulação. Ela vinha de algumas razões: 1) Os crentes eram procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos. Os primeiros cristãos sabiam o que era pobreza absoluta; 2) Os crentes eram saqueados e seus bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10:34); 3) Os crentes haviam renunciado aos métodos suspeitos e por sua fidelidade a Cristo, perderam os lucros fáceis que foram para as mãos de outros menos escrupulosos.

 

3. Difamação

• Os judeus estavam espalhando falsos rumores sobre os cristãos. As mentes estavam sendo envenenadas. Os crentes de Esmirna estavam sendo acusados de coisas graves. O diabo é o acusador. Ele é o pai da mentira. Aqueles que usam a arma das acusações levianas são Sinagoga de Satanás. Havia uma forte e influente comunidade judaica em Esmirna. Eles não apenas estavam perseguindo os crentes, mas estavam influenciando os romanos aprender os crentes.

• Os judeus foram os principais inimigos da igreja no primeiro século. Perseguiram a Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13:50), em Icônio (At 14:2,5), em Listra Paulo foi apedrejado (At 14:19) e em Tessalônica (At 17:5), em Corinto Paulo tomou a decisão de deixar os judeus e ir para os gentios (At 18:6). Quando retornou para Jerusalém, os judeus o prenderam no templo e quase o mataram. O livro de Atos termina com Paulo em Roma sendo perseguido por eles.

• Eles se consideravam o genuíno povo de Deus, os filhos da promessa, a comunidade da aliança, mas ao rejeitarem o Messias e perseguirem a igreja de Deus, estavam se transformando em Sinagoga de Satanás (Rm 2:28-29). A religião deles foi satanizada. Tornou-se a religião do ódio, da perseguição, da rejeição da verdade. Quem difama Cristo ou o degrada naqueles que o confessam promove a obra de Satanás e guerreia as guerras de Satanás.

• Os crentes passaram a sofrer várias acusações levianas: 1) Canibais - por celebrarem a ceia com o pão e o vinho, símbolos do corpo de Cristo; 2) Imorais, por celebrarem a festa do Ágape antes da Eucaristia; 3) Divididor de famílias, uma vez que as pessoas que se convertiam a Cristo deixavam suas crenças vãs para servirem a Jesus. Jesus veio trazer espada e não a paz; 4) Acusavam os crentes de Ateísmo, por não se dobrarem diante de imagens dos vários deuses; 5) Acusavam os crentes de deslealdade e revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor.

 

4. Prisão

• Alguns crentes de Esmirna estavam enfrentando a prisão. A prisão era a ante-sala do túmulo. Os romanos não cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente os prisioneiros morriam de fome, de pestilências, ou de lepra.

• Vistas de um bastião mais elevado, as detenções acontecem para serdes postos à prova. Os crentes estavam prestes a serem levados à banca de testes. Deverá ser testada a sua fidelidade. Mas Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças. Ele supervisiona o nosso teste.

 

II. SABENDO QUE A AVALIAÇÃO DE SUCESSO DE JESUS É DIFERENTE DA AVALIAÇÃO DO MUNDO - V. 9

1. A igreja de Esmirna era uma igreja pobre: pobre porque os crentes vinham das classes mais baixas. Pobre porque muitos dos membros eram escravos. Pobres porque seus bens eram tomados, saqueados. Pobres porque os crentes eram perseguidos e até jogados nas prisões. Pobres porque os crentes não se corrompiam. Era uma igreja espremida, sofrida, acuada.

 

2. Embora a igreja fosse pobre financeiramente, era rica dos recursos espirituais. Não tinha tesouros na terra, mas os tinha no céu. Era pobre diante dos homens, mas rica diante de Deus. A riqueza de uma igreja não está na pujança do seu templo, na beleza de seus móveis, na opulência do seu orçamento, na projeção social dos seus membros. A igreja de Laodicéia considerava-se rica, mas Jesus disse para ela que ela era pobre. A igreja de Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta. A igreja de Esmirna, era pobre, mas aos olhos de Cristo ela era rica.

 

3. Enquanto o mundo avalia os homens pelo ter, Jesus os avalia pelo ser. Importa ser rico para com Deus. Importa ajuntar tesouros no céu. Importa ser como Pedro: "Eu não tenho ouro e nem prata, mas o que eu tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Nazareno anda". A igreja de Esmirna era pobre, mas fiel. Era pobre, mas rica diante de Deus. Era pobre, mas possuía tudo e enriquecia a muitos.

 

4. Nós podemos ser ricos para com Deus, ricos na fé, ricos em boas obras. Podemos desfrutar das insondáveis riquezas de Cristo. A vista de Deus há tantos pobres homens ricos como ricos homens pobres. E melhor ser como a igreja de Esmirna, pobre materialmente e rica espiritualmente, do que como a igreja de Laodicéia, rica, mas pobre diante de Cristo.

 

 

5. Outro grupo ostentava uma falsa percepção de si mesmo. "Se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás" (v. 9). Não é judeu quem o é exteriormente...judeu é quem o é interiormente (Rm 2:28-29). Eles afirmam que são judeus, mas isso não é verdade. Eles afirmam que vocês são pobres, mas isso não é verdade. O mundo vê a aparência, Deus o interior.

 

III. ESTANDO PRONTO A FAZER QUALQUER SACRÍFICIO PARA HONRAR A JESUS - V. 10b

 

1. Aqueles crentes eram pobres, perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo encorajados a enfrentar a própria morte, se fosse preciso. Não é ser fiel até o último dia da vida. É ser fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até à coroa. Essa linha também foi traçada para a igreja de Esmirna: "Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida".

 

2. A igreja de Esmirna, assim, não é candidata à morte, mas à vida.

 

3. A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas os crentes são chamados a serem fiéis a Jesus. A cidade de Esmirna tinha a pretensão de ser a primeira, mas Jesus diz: "Eu sou o primeiro e o último". Somos chamados a sermos fiéis até às últimas conseqüências, mesmo num contexto de hostilidade e perseguição. O bispo da igreja Policarpo, discípulo de João, foi martirizado no dia 25/02/155 d.C. Ele foi apanhada, arrastado para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo. Ele respondeu ao procônsul: "Vocês me ameaçam com um fogo que pode queimar apenas por alguns instantes, respeito do fogo do juízo vindouro e do castigo eterno, reservado para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo que têm de fazer." Seus algozes tentaram forçá-lo a blasfemar contra Cristo, mas ele respondeu: "Eu o sirvo há 86 anos e ele sempre me fez bem. Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor, que me salvou?" Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir.

 

4. Hoje Jesus espera do seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos negócios, na fé. Não venda o seu senhor por dinheiro, como Judas. Não troque o seu Senhor, por um prato de lentilhas como Esaú. Não venda a sua consciência por uma barra de ouro como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são perseguidos por amor a ele são bem-aventurados (Mt 5:10-12). O servo não é maior do que o seu senhor. O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.

 

5. A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido (2 Tm 3:12). Paulo diz: "A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele" (Fp 1:29). Dietrich Bonhoeffer enforcado no campo de concentração de Flossenburg na Alemanha, em 9 de abril de 1945 escreveu que o sofrimento é o sinal do verdadeiro cristão. Enquanto estamos aqui, muitos irmãos nossos estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo.

 

6. Aqueles que forem fiéis no pouco, serão recebidos pelo Senhor com honras: "Bom está servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor."

 

IV. SABENDO QUE JESUS ESTÁ NO CONTROLE DE TODOS OS DETALHES DA NOSSA VIDA - V. 9-10

1. Jesus conhece quem somos e tudo o que acontece conosco - v. 9

• Este fato é fonte de muito conforto. Uma das nossas grandes necessidades nas tribulações é alguém com quem partilhá-las. Jesus conhece nossas aflições, porque anda no meio dos candeeiros. Sua presença nunca se afasta.

• Nossa vida não está solta, ao léu. Nosso Senhor não dormita nem dorme. Ele está olhando para você. Ele sabe o que você está passando. Ele conhece a sua tribulação. Ele sabe das suas lutas. Ele sabe das suas lágrimas. Ele sabe que diante dos homens você é pobre, mas ele sabe os tesouros que você tem no céu.

• Jesus sabe das calúnias que são atacadas contra você. Ele sabe o veneno das línguas mortíferas que conspiram contra você.

• Ele sabe que somos pobres, mas ao mesmo tempo ricos.

• Ele sabe que somos entregues à morte, mas ao mesmo tempo temos a coroa da vida.

 

2. Jesus permite o sofrimento com um propósito, para lhe provar, e não para lhe destruir - v. 10

• A intenção do inimigo é destruir a sua fé, mas o propósito de Jesus é provar você. Os judeus estão furiosos. O diabo está por trás do aprisionamento. Mas quem realiza seus propósitos é Deus. O fogo das provas só consumirão a escória, só queimará a palha, porém tornará você mais puro, mais digno, mas fiel. Jesus estava peneirando a sua igreja para arrancar dela as impurezas. O nosso adversário tenta para destruir; Jesus prova para refinar. Precisamos olhar para além da provação, para o glorioso propósito de Jesus. Precisamos olhar para o além do castigo, para o seu benefício. Exemplo: Davi - Foi-me bom passar pela aflição para aprender os teus decretos.

• O Senhor não o poupa da prisão, mas usa a prisão para fortalecer você. Ele não nos livra da fornalha, mas nos purifica nela.

 

3. Jesus controla tudo o que sobrevêm à sua vida

• Nenhum sofrimento pode nos atingir, exceto com a sua expressa permissão. Ele adverte os crentes de Esmirna sobre o que está por acontecer, ele fixa um limite aos seus sofrimentos. Jesus sabe quem está por trás de todo ataque à sua vida (v. 10). O inimigo que nos ataca não pode ir além do limite que Jesus estabelece. A prisão será breve. E Jesus diz: "Não temas as coisas que tens de sofrer." Três verdades estão aqui presentes: a primeira é que o sofrimento é certo; a segunda é que será limitado; a terceira é que será breve.

• Assim como aconteceu com Jó, Deus diria para o diabo em Esmirna: "Até aqui e não mais". O diabo só pode ir até onde Deus o permite. Quem está no controle da nossa vida é o Rei da glória. Não tenha medo!

 

4. Jesus já passou vitoriosamente pelo caminho estreito do sofrimento que nos atinge, por isso pode nos fortalecer

 

• Ele também enfrentou tribulação. Ele foi homem de dores. Ele sabe o que é padecer. Ele foi pressionado pelo inferno.

• Ele suportou pobreza, não tinha onde reclinar a cabeça.

• Ele foi caluniado. Chamaram-no de beberrão, de impostor, de blasfemo, de possesso.

• Ele foi preso. Açoitado, cuspido, pregado na cruz.

• Ele passou pelo vale escuro da própria morte. Ele entrou nas entranhas da morte e a venceu.

• Agora ele diz para a sua igreja: "Não temas as coisas que tens de sofrer." Ele tem poder para consolar, porque ele foi tentado como nós, mas sem pecar. Ele pode nos socorrer, porque trilhou o caminho do sofrimento e da morte e venceu.

• Ele é eterno - Ele é o primeiro e o último. Aquele que nunca muda e que está sempre conosco.

• Ele é vitorioso - Ele enfrentou a morte e a venceu. Ele destruiu aquele que tem o poder da morte e nos promete vitória sobre ela.

• Ele é galardoador - Ele promete a coroa da vida para os fiéis e vitória completa sobre a segunda morte para os vitoriosos.

 

CONCLUSÃO

1. Quem tem ouvidos, ouça o Espírito diz às igrejas - Cada igreja tem necessidade de um sopro especial do Espírito de Deus. A palavra para a igreja de Esmirna era: considerem-se candidatos à vida. Sob tribulação, pobreza e difamação continuem fiéis. Não olhem para o sofrimento, mas para a recompensa. Só mais um pouco e ouviremos nosso Senhor nos chamando de volta para Casa: "Vinde, benditos de meu Pai, entrem na posse do Reino...", aqui não tem mais morte, nem prato, nem luto, nem dor!

 

2. O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte - Podemos enfrentar a morte e até o martírio, mas escaparemos do inferno que é a segunda morte (v. 11), e entraremos no céu, que é a coroa da vida (v. 10). Podemos precisar ser fiéis até à morte, mas então a segunda morte não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas então a coroa da vida nos será dada.

quinta-feira, 2 de maio de 2013










Primeira Igreja Presbiteriana de João Pessoa
Escola Bíblica Dominical
TEMA: JESUS NO MEIO DA SUA IGREJA – Ap.2 e 3
1. Antes de manifestar seu juízo ao mundo, Jesus manifestou-o à sua igreja (1 Pe 4:17), por isso, Jesus mostrou o seu julgamento às sete igrejas (1-3) antes de mostrá-lo ao mundo (4-22).
2. Por que sete igrejas, se havia mais igrejas na Ásia? É porque essas sete igrejas falam da plenitude da igreja em todos os lugares e em todas as épocas, desde o seu nascimento até a sua subida.
3. Essas sete igrejas não são sete períodos distintos da igreja como ensinam os dispensacionalistas. Em cada período da igreja a realidade das sete igrejas esteve presente e podemos ver sinais delas em cada congregação local.
4. Todas as cartas têm basicamente a mesma estrutura: 1) Apresentação; 2) Apreciação; 3) Reprovação; 4) Promessas.
5. Duas igrejas só receberam elogios: Esmirna e Filadélfia; Quatro igrejas receberam elogios e críticas: Éfeso, Pérgamo, Tiatira e Sardes; Uma igreja só recebeu críticas: Laodicéia.
6. Essas igrejas ensinam-nos várias lições:
I. CRISTO É CONHECIDO NA E ATRAVÉS DA IGREJA - 1:12-13
• Antes de ver Cristo, João viu os sete candeeiros, a plenitude da igreja na terra, e só depois viu o Cristo glorificado na igreja. Jesus Cristo está no meio da sua igreja. Ninguém verá o Cristo da glória fora da igreja. A salvação é por meio de Jesus, mas ninguém poderá ser salvo sem fazer parte da igreja que é a noiva do Cordeiro.
• Cristo valoriza tanto a sua igreja que ele se dá a conhecer no meio dela e não à parte dela. Hoje, muitas pessoas querem Cristo, mas não a igreja. Isso é impossível. A atenção de Cristo está voltada para a sua noiva. Ele ocupa o centro da sua atenção.
II. CRISTO ESTÁ NO MEIO DA SUA IGREJA EM AÇÃO COMO REMÉDIO PARA OS MALES DA IGREJA - 2:1,8,12,18; 3:1,7,14
• Cristo não apenas está no meio da igreja (1:13), mas ele está andando, em ação investigatória no meio da igreja (2:1). Ele sonda a igreja, pois seus olhos são como chama de fogo (2:18).
• Há muitos males que atacam a igreja: esfriamento, perseguição, heresia, imoralidade, presunção e apatia. Mas Cristo se apresenta para cada igreja como o remédio para o seu mal.
1. Para a igreja de Éfeso - que havia perdido o seu primeiro amor, Jesus se . apresenta como aquele que anda no meio da igreja, segurando a liderança na mão, como o seu pastor superior. Ele está dizendo, "eu vejo tudo e conheço tudo".
2. Para a igreja de Esmirna - que estava passando pelo sofrimento, perseguição e morte, enfrentando o martírio, Jesus se apresenta como aquele que esteve morto e tornou a viver. O Jesus que venceu a morte é o remédio para alguém que está enfrentando a perseguição e a morte.
3. Para a igreja de Pérgamo - que estava se misturando com o mundo e perdendo o senso da verdade, Jesus se apresenta como aquele que tem a espada afiada de dois gumes que exerce juízo e separa a verdade do engano. Pérgamo estava em conflito entre a verdade e o engano (2:14).
4. Para a igreja de Tiatira - que estava tolerando a impureza e caindo em imoralidade, Jesus se apresenta como aquele que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido.
5. Para a igreja de Sardes - que tinha a fama de ser uma igreja viva, reputação de uma igreja cheia de testemunho e vida, mas não realidade, Jesus se revela como aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. A igreja tinha fama, mas não realidade, tinha aparência de vida, mas estava morta.
6. Para a igreja de Filadélfia - uma igreja fraca, mas fiel, Jesus vê muitas oportunidades diante da igreja e diz para ela que ele tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá.
7. Para a igreja de Laodicéia - uma igreja sem fervor espiritual, morna, rica financeiramente, mas pobre espiritualmente, Jesus se apresenta como aquele que é constante e fidedigno no meio de tantas mudanças.
III. DENTRO DA MESMA IGREJA TEMOS PESSOAS FIÉIS E PESSOAS INFIÉIS
• Em Pérgamo alguns crentes estavam seguindo a doutrina de Balaão (2:14-15).
• Em Tiatira havia tolerância aos ensinos e práticas de uma profetisa imoral (2:20), mas nem todos os crentes caíram nessa heresia perniciosa (2:24-25).
• Em Sardes, embora a igreja estava vivendo de aparência, mas havia uns poucos que não haviam contaminado suas vestiduras (3:4).
• Em Éfeso havia fidelidade na doutrina, mas falta da amor na prática do Cristianismo. Eram ortodoxos de cabeça e hereges na conduta.
• Em Esmirna e Filadélfia, igrejas fiéis a Cristo, havia aqueles que eram "sinagoga de Satanás" no meio deles (2:9 e 3:9).
IV. A IGREJA NEM SEMPRE É AQUILO QUE APARENTA SER, QUANDO EXAMINADA POR JESUS
• Jesus conhece a igreja de forma profunda (2:2,9,13,19:3:1,8,15) -Ele conhece as obras da igreja, onde está a igreja e o que ela está enfrentando.
• A igreja de Éfeso é ortodoxa, trabalhadora, fiel nas provas, mas perdeu sua capacidade de amar a Jesus. Ela é como uma esposa que não trai o marido, mas também não lhe devota amor (2:2-4).
• A igreja de Esmirna é pobre aos olhos dos homens, mas rica aos olhos de Cristo (2:9).
• A igreja de Pérgamo tem gente tão comprometida com Deus ao ponto do martírio (2:13), mas tem também, gente que cai diante da sedução do pecado (2:14).
• A igreja de Tiatira está trabalhando mais do que trabalhava no início da sua carreira (2:19), mas muito trabalho sem vigilância também não agrada a Jesus. Ação sem zelo doutrinário (Tiatira) e zelo doutrinário sem ação (Éfeso) não agradam a Jesus.
• A igreja de Sardes tem nome de que vive, mas está morta (3:1). Além disso, há gente na CTI espiritual (3:2).
• A igreja de Filadélfia é fraca diante dos olhos humanos, mas poderosa aos olhos de Cristo (3:8-9).
• A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, mas aos olhos de Cristo era uma igreja pobre e miserável (3:17).
V. CRISTO ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA OFERECER-LHE OPORTUNIDADE DE ARREPENDIMENTO ANTES DE APLICAR-LHE SEU JUÍZO
• A igreja de Éfeso foi chamada a lembrar-se, arrepender-se, e voltar à prática das primeiras obras. Caso esse expediente não fosse tomado, Jesus sentencia: "e, se não, venho a ti a moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (2:5-6).
• A igreja de Esmirna diante do martírio é exortada a ser fiel até a morte (2:10).
• A igreja de Pérgamo que estava dividida entre a verdade e o engano, misturada com o mundo, Jesus adverte: "Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca" (2:16).
• A igreja de Tiatira que abria suas portas à uma desregrada profetisa, Jesus chama ao arrependimento a faltosa (2:21), mas por recusar, envia o seu juízo (2:22-23) e chama os crentes fiéis a permanecerem firmes até a segunda vinda (2:24-25).
• A igreja de Sardes recebe o alerta de Cristo que suas obras não são íntegras diante de Deus (3:2). Jesus alerta-os para o ensino que a igreja recebeu para que ela se arrependa (3:3). Caso não se arrependa virá o juízo (3:3).
• A igreja de Filadélfia é exortada a conservar o que tem, para que ninguém tome a sua coroa (3:11).
• A igreja de Laodicéia é exortada a olhar para a vida na perspectiva de Cristo (3:17-18), a arrepender-se, pois a disciplina de Deus é ato de amor (3:19).
VI. JESUS ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA DAR GLORIOSAS PROMESSAS AOS VENCEDORES
• Isso implica que nem todos os membros da igreja visível, são membros da igreja invisível. Nem todos os membros das igrejas locais são membros do corpo de Cristo. Nem todos os membros de igreja são vencedores, mas todos os membros do Corpo de Cristo são vencedores.
• As promessas aos vencedores tratam da bênção que a igreja estava buscando ou necessitando:
1. A igreja de Éfeso - O vencedor se alimenta da árvore da vida. Isso é ter a vida eterna (2:7). A vida eterna é comunhão com Deus e Deus é amor. Eles haviam abandonado o seu primeiro amor, mas os vencedores iriam morar no céu, onde o ambiente é amor, pois é ter comunhão eterna com o Deus que é amor.
2. A igreja de Esmirna - O vencedor de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte (2:11). Os imperadores romano, os déspotas, o anticristo pode até matar os crentes, mas eles jamais enfrentarão a morte eterna.
3. A igreja de Pérgamo - O vencedor receberá o maná escondido, uma pedrinha branca com um novo nome (2:1). Para uma igreja que misturava com o mundo, o vencedor recebe uma promessa de absolvição no juízo e não de condenação com o mundo.
4. A igreja de Tiatira - Para uma igreja seduzida pelo engano de uma profetisa, o vencedor recebe a promessa de receber autoridade sobre as nações e possuir não os encantos do pecado, mas o Senhor da glória, a estrelada manhã (2:26-28).
5. A igreja de Sardes - Para uma igreja que só vive de aparência, mas está morta, os vencedores recebem a promessa de que seus nomes estão no livro da vida e seus serão confessados diante do Pai no dia do juízo (3:5).
6. A igreja de Filadélfia - Para uma igreja fraca, mas fiel o vencedor recebe a promessa de ser coluna do santuário de Deus (3:12). A coluna é que sustenta o santuário. Eles podem ser fracos diante dos homens, mas são poderosos e fortes diante de Deus.
7. A igreja de Laodicéia - Para uma igreja que se considerava rica e auto-suficiente, mas era pobre e miserável, o vencedor recebe a promessa de assentar-se com Cristo no seu trono (3:21).
CONCLUSÃO
• Para todas as igrejas há um refrão: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
• Não estamos estudando apenas para o nosso deleite intelectual ou curiosidade teológica. Precisamos ouvir o que Deus está falando conosco.
• A bem-aventurança não é apenar ler e ouvir, mas também obedecer as profecias deste livro (1:3). Amém.

domingo, 14 de abril de 2013









PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA
DE JOÃO PESSOA
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Rev. FERNANDO ROBERTO e Rev. LÍDIO OSÓRIO
Professores

ESTUDO DE APOCALIPSE - Sala Temática


APOCALIPSE 1.9-20


*    O AUTOR DA REVELAÇÃO NÃO DEIXA DÚVIDA QUANTO A SUA IDENTIDADE. ELE SE APRESENTA COMO JOÃO (1.4,9).
João faz uso do pronome enfático, eu, para evitar algum mal-entendido na identificação e na afirmação de que a mensagem do orador é autêntica. E ele faz isso dessa forma por que aprendeu com o seu Mestre Jesus (Mat. 5.22, 28, 34, 39, 44).
O autor cria ter sido chamado para reviver o oficio Velho testamentário do Profeta-Escritor. Descreve sua própria experiência como sendo semelhante à de Ezequiel quanto ao comer do livrinho no capítulo 10.9, e ele mesmo é identificado com os profetas em 22.9.
Ele prefere usar os termos irmão e companheiro (co-participante) ao invés de apóstolo para se colocar em pé de igualdade com seus leitores (Rom. 1.11-12; Atos 15.23).
Como companheiro ele partilha os sofrimentos com seus leitores que têm de suportar em três áreas: Tribulação, Reino e Perseverança
Tribulação – Ela é o quinhão do povo de Deus nesta era (Mt. 24.21; Jo. 16.33; At. 14.22).
Por trás da história grandes poderes espirituais estão em conflito – O Reino de Deus e o Poder de Satanás (Ef. 6.12; 2º Cor. 10.4). A igreja está no meio dos dois. A igreja são as pessoas as quais o Reino veio, e que herdarão o Reino quando ele vier; mas nesta posição elas são o objeto do ódio satânico, destinadas a sofrer perseguição. Aqui tribulação significa todo o mal que acontecerá à igreja, principalmente a grande tribulação do fim, que somente será a intensificação do que a igreja tem sofrido durante os séculos.
Reino – O termo reino se relaciona com tribulação, neste mundo, um acompanha intimamente o outro.
Como cidadãos no reino de Deus, os cristão experimentam constante pressão das pessoas que constituem os inimigos de Deus, de sua Palavra e de seu povo. De todos os livros do Novo Testamento, o Apocalipse, especialmente, relata o quanto à tribulação se intensifica quanto o reino se aproxima da consumação.
Perseverança – Ela é mencionada neste livro como um dos aspectos característicos de alguém que segue a Cristo (Mt. 24.13).

*    COMO EXPLICAMOS A SEQUENCIA DOS 03 SUBSTANTÍVOS
Os membros desse reino devem necessariamente sofrer e suportar, como é evidente à luz das cartas às 07 igrejas. De um lado os cristãos enfrentam tribulação em decorrência de viverem no reino, do outro devemos suportar pacientemente, de modo que o reino venha através de sua fidelidade a Cristo. Quando visualizamos, por esse prisma, reino entre tribulação e perseverança, qualquer tensão é suavizada (2º Tim. 2.12).
Nós enfrentamos e experimentamos, no entanto, todas estas dificuldades em Jesus. Este é o paralelo de João à expressão frequente de Paulo, “em Cristo”. É a união espiritual do crente com seu Senhor.
É interessante que depois da saudação de Apoc. 1.5, onde o Senhor é chamado de Jesus Cristo, em todo o restante do livro é chamado somente de Jesus. O uso simples do nome Jesus chama atenção para sua vida na carne.
A Ilha de Patmos – Era uma das diversas ilhas pequenas a sudeste da costa da Ásia menor. Tinha uns 16 km por 10, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de até 300m. Patmos era uma ilha usada para exilar criminosos políticos.
Qualquer governador tinha autoridade para enviar criminosos políticos para o exilio.
Por causa de – Ilustra a razão por que João estava nessa ilha. Ele não estava lá para receber a palavra de Deus e escrever o Apocalipse, como também não estava lá para pregar o evangelho, mas estava ali por causa do testemunho do Evangelho. Ele estava exilado por causa de sua fidelidade à Palavra de Deus e por ter sido Fiel no seu testemunho a respeito de Jesus. Recusara oferecer sacrifício perante a estátua do imperador e proferir as palavras Kurios Kaisar (Senhor César ou César é Senhor). A pena imposta por causa de sua fidelidade a Cristo fora o desterro à pequena ilha de Patmos onde provavelmente era forçado a trabalhar nas minas de Sal.
Depois da morte de Domiciano, seu sucessor, Nerva, libertou João e lhe permitiu regressar a Éfeso (Eusébio). Ele ensina e proclama com fidelidade a Palavra de Deus. João escrevera o Testemunho de Jesus (Jo. 21.14) e foi conhecido como o venerado ancião nas igrejas da Ásia Menor (2º
 João 1; 3º João 1).
O Testemunho de Jesus – Pode ser entendido no sentido de o Evangelho de Jesus ou Pregação desse evangelho por Jesus.
Em Espírito – Essa expressão significa ou implica em uma experiência em êxtase, entrar em transe (At. 11.5; 22.17). Paulo descreveu uma experiência semelhante em 2º Coríntios 12.2.
No Dia Senhor – Este é o único lugar no Novo Testamento onde esse dia é assim descrito, pois em outros lugares ele é referido como o primeiro dia da semana (Mt. 28.1; Mc. 16.2, 9; At. 20.7; 1º Cor. 16.2).
Forte Voz – O som foi inesperado e surpreendente. A res (como trombeta) ssônancia da trombeta lhe falava de sua origem celestial. João se lembrou de Deus promulgando os 10 mandamentos, onde os israelitas ouviram o som de trombeta (Êx. 19.16, 19; 20.18).
O Ano Novo era marcado pelo som de trombeta; aliás, no primeiro dia do sétimo mês, o mês Judaico de Tishri (setembro – outubro), o povo celebrava a Festa das Trombetas (Lv. 23.24; Nm. 29.1-6). Este era o prelúdio ao Dia da Expiação no décimo de Tishri.
Em seu discurso escatológico, Jesus fala de seu regresso como que acompanhado pela convocação ao som de trombeta (Mt. 24.31 – 1º Ts. 4.16).
O som de trombeta, no Apocalipse, chama a atenção para uma importante mensagem (4.1).

VERSÍCULO 10
– Ele recebe a ordem para escrever e de providenciar para que sejam enviadas e entregues nos respectivos endereços.
- A ordem de escrever está no presente para indicar que ele deve continuar seu registro até o fim. A grande voz ordenou-lhe que escrevesse em livro o que veria e que o enviasse as sete igrejas.
Ao ouvir a voz, João volta-se para identificar a pessoa que lhe falava – Ele empregou o verbo Takeiv, significando que ele quer identificar o som da voz, e não o conteúdo da mensagem. João não dá respostas precisas de quem era a voz. Provavelmente era a voz do Senhor Jesus Cristo.
Sete Candelabros de Ouro – João está baseando as suas imagens no Velho Testamento, pois lhe era familiar (Êx. 25.31,37; 1º Rs. 7.49; Zc. 4.2). Os 7 (sete) candelabros representam a igreja. João apresenta um quadro da igreja inteira.
Como um Filho de homem – Que conforto para a igreja sobre a terra. João primeiro descreve a igreja e então pinta seu Senhor, que sempre caminha no meio dela. Ele está com a igreja na terra a fim de ser sua fonte de luz (jo. 8.12).
João neste momento está chamando a atenção para Daniel (7.13-14) onde este título descreve o Messias como soberano deste universo. Este quadro descreve Majestade, Poder e Autoridade que nenhum ser humano pode igualar.

*    JOÃO VÊ DEZ CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DO NOIVO DA IGREJA
1 – Suas Vestes (1.13) – Falam de Cristo como Sacerdote e Rei. Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós;
2 – Sua Cabeça (1.14) – Fala da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade. A cabeça alva era também um símbolo de honra e transmitia a ideia de Sabedoria e Dignidade;
3 – Seus Olhos (1.14) – Falam da sua onisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o juiz diante de quem tudo se desnuda (Rm. 2.16);
4 – Seus Pés (1.15) – O bronze reluzente transmitia a ideia de força e estabilidade. Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos. Convém que Ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1º Cor. 15.23);
5 – Sua Voz (1.15) – Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão (Rm. 2.2);
6 – Sua Mão (1.16) – A mão direita é a mão da ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo. 10.28);
7 – Sua Boca (1.16) – Essa Palavra aqui não é o evangelho, mas a Palavra de Juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador é a espada que sai da sua boca (19.5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial, e precisamente sem contestação;
8 – Seu Rosto (1.16) – A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o brilho dos candeeiros;
9 – Sua Perenidade  – O Primeiro e o Último (1.17) – Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte (1º Cor. 15.25-26);
10 – Sua Vitória Triunfante (1.18) – Jesus não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, Ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Morte é um estado; e Hades, um lugar. Tanto a Morte quanto o Hades serão lançados no lago de Fogo no Juízo Final (20.14). Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus tem não apenas a chave do céu (3.7), mas também a chave da morte (tumulo).

*    O QUE JOÃO FEZ
1 – Passou por um profundo quebrantamento (1.18) – O mesmo João que se debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is. 6.5; Ez. 1.28; Dn. 8.17; Lc. 5.8; At. 9.34) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus (1º Tim. 6.16). É impossível ver a glória do Senhor sem se prostar;
2 – Ele foi gloriosamente restaurado – Jesus o toca e fala com Ele. A mesma mão que segura (1.16) é a mão que toca e restaura (1.18).