APOCALIPSE 2:8-11
TEMA: COMO SER UM CRISTÃO FIEL ATÉ A
MORTE
INTRODUÇÃO
1. É possível ser fiel e fiel até à
morte num mundo carimbado pelo relativismo? O sofrimento revela quem é fiel e
quem é conveniente. Aqui vemos uma igreja sofredora, perseguida, pobre,
caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma igreja fiel que só
recebe elogios de Cristo.
a) Uma igreja pobre numa cidade rica -
Esmirna era rival de Éfeso. Era a cidade mais bela da Ásia Menor. Era
considerada o ornamento, a coroa e a flor da Ásia. Cidade comercial, onde
ficava o principal porto da Ásia. O monte Pagos era coberto de templos e
bordejado de casas formosas. Era um lugar de realeza coroado de torres. Tinha
um magnífica arquitetura, com templos dedicados a Cibeles, Zeus, Apoio,
Afrodite e Esculápio. Hoje essa é a única cidade sobrevivente, com o nome de
Izmir, na Turquia asiática, com 255.000 habitantes.
b) Uma igreja que enfrenta a morte
numa cidade que havia morrido e ressuscitado - Esmirna havia sido fundada como
colônia grega no ano 1.000 a.C. No ano 600 a. C, os lídios a invadiram e
destruíram por completo. No ano 200 a. C, Lisímaco a reconstruiu e fez dela a
mais bela cidade da Ásia. Quando Cristo disse que estivera morto, mas estava
vivo, os esmirneanos sabiam do que Jesus estava falando. A cidade estava morta
e reviveu.
Uma igreja fiel a Cristo na cidade
mais fiel a Roma - Esmirna sabia muito bem o significado da palavra fidelidade.
De todas as cidades orientais havia sido a mais fiel a Roma. Muito antes de
Roma ser senhora do mundo, Esmirna já era fiel a Roma. Cícero dizia que Esmirna
era a aliada mais antiga e fiel de Roma. No ano de 195 a. C, Esmirna foi a
primeira cidade a erigir um templo à deusa Roma. No ano 26 d.C, quando as
cidades da Ásia Menor competiam o privilégio de construir um templo ao
imperador Tibério, Esmirna ganhou de Éfeso esse privilégio. Para a igreja dessa
cidade, Jesus disse: "Sê fiel até à morte".
Uma igreja vitoriosa na cidade dos
jogos atléticos - Esmirna tinha um estádio onde todos os anos se celebravam
jogos atléticos famosos em todo o mundo; os jogadores disputavam uma coroa de
louros. Para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa da vida.
4. A fidelidade é um princípio básico
da vida cristã: hoje os maridos e esposas estão quebrando os votos assumidos no
casamento. Os pais estão quebrando os votos assumidos no batismo dos filhos. Os
crentes estão quebrando os votos feitos na profissão de fé. Como ser um crente fiel
em tempos de prova?
> A igreja de Esmirna estava
atravessando um momento de prova e o futuro imediato era ainda mais sombrio. Há
quatro coisas nesta carta que precisamos destacar, se queremos ter uma visão
desromantizada da vida:
1. Tribulação - v. 9
• A idéia de tribulação é de um
aperto, um sufoco, um esmagamento. A igreja estava sendo espremida debaixo de
um rolo compressor. A pressão dos acontecimentos pesava sobre a igreja e a
força das circunstâncias procurava forçar a igreja a abandonar a sua fé.
• Os crentes em Esmirna estavam sendo
atacados e mortos. Eles eram forçados a adorar o imperador como Deus. De uma
única vez lançaram do alto do montes Pagos 1200 crentes. Doutra feita, lançaram
800 crentes. Os crentes estavam morrendo por causa da sua fé.
• Como entender o amor de Deus no meio
da perseguição? Como entender o amor do Pai pelo seu Filho quando o entregou
como sacrifício? Onde é sacrificado o amado, o amor se oculta. Isso é a
Sexta-Feira da Paixão: Não ausência, mas ocultação do amor de Deus.
2. Pobreza
• A pobreza não é maldição. Jesus
disse: "Bem-aventurados os pobres" (Lc 6:20). Tiago diz que Deus
elege os pobres do mundo para serem ricos na fé (Tg 2:5). Havia duas palavras
para pobreza: ptochéia e penia. A primeira é pobreza total, extrema. Era
representada pela imagem de um mendigo agachado. Penia é o homem que carece do
supérfluo, enquanto ptochéia é o que não tem nem sequer o essencial.
• A pobreza dos crentes era um efeito
colateral da tribulação. Ela vinha de algumas razões: 1) Os crentes eram
procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos. Os primeiros
cristãos sabiam o que era pobreza absoluta; 2) Os crentes eram saqueados e seus
bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10:34); 3) Os crentes haviam
renunciado aos métodos suspeitos e por sua fidelidade a Cristo, perderam os
lucros fáceis que foram para as mãos de outros menos escrupulosos.
3. Difamação
• Os judeus estavam espalhando falsos
rumores sobre os cristãos. As mentes estavam sendo envenenadas. Os crentes de
Esmirna estavam sendo acusados de coisas graves. O diabo é o acusador. Ele é o
pai da mentira. Aqueles que usam a arma das acusações levianas são Sinagoga de
Satanás. Havia uma forte e influente comunidade judaica em Esmirna. Eles não
apenas estavam perseguindo os crentes, mas estavam influenciando os romanos
aprender os crentes.
• Os judeus foram os principais
inimigos da igreja no primeiro século. Perseguiram a Paulo em Antioquia da
Pisídia (At 13:50), em Icônio (At 14:2,5), em Listra Paulo foi apedrejado (At
14:19) e em Tessalônica (At 17:5), em Corinto Paulo tomou a decisão de deixar
os judeus e ir para os gentios (At 18:6). Quando retornou para Jerusalém, os
judeus o prenderam no templo e quase o mataram. O livro de Atos termina com
Paulo em Roma sendo perseguido por eles.
• Eles se consideravam o genuíno povo
de Deus, os filhos da promessa, a comunidade da aliança, mas ao rejeitarem o
Messias e perseguirem a igreja de Deus, estavam se transformando em Sinagoga de
Satanás (Rm 2:28-29). A religião deles foi satanizada. Tornou-se a religião do
ódio, da perseguição, da rejeição da verdade. Quem difama Cristo ou o degrada
naqueles que o confessam promove a obra de Satanás e guerreia as guerras de
Satanás.
• Os crentes passaram a sofrer várias
acusações levianas: 1) Canibais - por celebrarem a ceia com o pão e o vinho,
símbolos do corpo de Cristo; 2) Imorais, por celebrarem a festa do Ágape antes da
Eucaristia; 3) Divididor de famílias, uma vez que as pessoas que se convertiam
a Cristo deixavam suas crenças vãs para servirem a Jesus. Jesus veio trazer
espada e não a paz; 4) Acusavam os crentes de Ateísmo, por não se dobrarem
diante de imagens dos vários deuses; 5) Acusavam os crentes de deslealdade e
revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor.
4. Prisão
• Alguns crentes de Esmirna estavam
enfrentando a prisão. A prisão era a ante-sala do túmulo. Os romanos não
cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente os prisioneiros morriam de fome, de
pestilências, ou de lepra.
• Vistas de um bastião mais elevado,
as detenções acontecem para serdes postos à prova. Os crentes estavam prestes a
serem levados à banca de testes. Deverá ser testada a sua fidelidade. Mas Deus
é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças. Ele
supervisiona o nosso teste.
II. SABENDO QUE A AVALIAÇÃO DE SUCESSO
DE JESUS É DIFERENTE DA AVALIAÇÃO DO MUNDO - V. 9
1. A igreja de Esmirna era uma igreja
pobre: pobre porque os crentes vinham das classes mais baixas. Pobre porque
muitos dos membros eram escravos. Pobres porque seus bens eram tomados,
saqueados. Pobres porque os crentes eram perseguidos e até jogados nas prisões.
Pobres porque os crentes não se corrompiam. Era uma igreja espremida, sofrida,
acuada.
2. Embora a igreja fosse pobre
financeiramente, era rica dos recursos espirituais. Não tinha tesouros na
terra, mas os tinha no céu. Era pobre diante dos homens, mas rica diante de
Deus. A riqueza de uma igreja não está na pujança do seu templo, na beleza de
seus móveis, na opulência do seu orçamento, na projeção social dos seus
membros. A igreja de Laodicéia considerava-se rica, mas Jesus disse para ela
que ela era pobre. A igreja de Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocou
diante dela uma porta aberta. A igreja de Esmirna, era pobre, mas aos olhos de
Cristo ela era rica.
3. Enquanto o mundo avalia os homens
pelo ter, Jesus os avalia pelo ser. Importa ser rico para com Deus. Importa
ajuntar tesouros no céu. Importa ser como Pedro: "Eu não tenho ouro e nem
prata, mas o que eu tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Nazareno
anda". A igreja de Esmirna era pobre, mas fiel. Era pobre, mas rica diante
de Deus. Era pobre, mas possuía tudo e enriquecia a muitos.
4. Nós podemos ser ricos para com
Deus, ricos na fé, ricos em boas obras. Podemos desfrutar das insondáveis
riquezas de Cristo. A vista de Deus há tantos pobres homens ricos como ricos
homens pobres. E melhor ser como a igreja de Esmirna, pobre materialmente e
rica espiritualmente, do que como a igreja de Laodicéia, rica, mas pobre diante
de Cristo.
5. Outro grupo ostentava uma falsa
percepção de si mesmo. "Se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga
de Satanás" (v. 9). Não é judeu quem o é exteriormente...judeu é quem o é
interiormente (Rm 2:28-29). Eles afirmam que são judeus, mas isso não é
verdade. Eles afirmam que vocês são pobres, mas isso não é verdade. O mundo vê
a aparência, Deus o interior.
III. ESTANDO PRONTO A FAZER QUALQUER
SACRÍFICIO PARA HONRAR A JESUS - V. 10b
1. Aqueles crentes eram pobres,
perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo encorajados a enfrentar a
própria morte, se fosse preciso. Não é ser fiel até o último dia da vida. É ser
fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a
Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até à
coroa. Essa linha também foi traçada para a igreja de Esmirna: "Sê fiel
até à morte e dar-te-ei a coroa da vida".
2. A igreja de Esmirna, assim, não é
candidata à morte, mas à vida.
3. A cidade de Esmirna era fiel a
Roma, mas os crentes são chamados a serem fiéis a Jesus. A cidade de Esmirna
tinha a pretensão de ser a primeira, mas Jesus diz: "Eu sou o primeiro e o
último". Somos chamados a sermos fiéis até às últimas conseqüências, mesmo
num contexto de hostilidade e perseguição. O bispo da igreja Policarpo,
discípulo de João, foi martirizado no dia 25/02/155 d.C. Ele foi apanhada,
arrastado para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o
fogo. Ele respondeu ao procônsul: "Vocês me ameaçam com um fogo que pode
queimar apenas por alguns instantes, respeito do fogo do juízo vindouro e do
castigo eterno, reservado para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo
que têm de fazer." Seus algozes tentaram forçá-lo a blasfemar contra
Cristo, mas ele respondeu: "Eu o sirvo há 86 anos e ele sempre me fez bem.
Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor, que me salvou?" Os
inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e
agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir.
4. Hoje Jesus espera do seu povo
fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos negócios, na fé. Não venda o
seu senhor por dinheiro, como Judas. Não troque o seu Senhor, por um prato de
lentilhas como Esaú. Não venda a sua consciência por uma barra de ouro como
Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu emprego, seu
sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são perseguidos por
amor a ele são bem-aventurados (Mt 5:10-12). O servo não é maior do que o seu
senhor. O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.
5. A Bíblia diz que todo aquele que
quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido (2 Tm 3:12). Paulo diz:
"A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de
sofrer por ele" (Fp 1:29). Dietrich Bonhoeffer enforcado no campo de
concentração de Flossenburg na Alemanha, em 9 de abril de 1945 escreveu que o
sofrimento é o sinal do verdadeiro cristão. Enquanto estamos aqui, muitos
irmãos nossos estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo.
6. Aqueles que forem fiéis no pouco,
serão recebidos pelo Senhor com honras: "Bom está servo bom e fiel. Foste
fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor."
IV. SABENDO QUE JESUS ESTÁ NO CONTROLE
DE TODOS OS DETALHES DA NOSSA VIDA - V. 9-10
1. Jesus conhece quem somos e tudo o
que acontece conosco - v. 9
• Este fato é fonte de muito conforto.
Uma das nossas grandes necessidades nas tribulações é alguém com quem
partilhá-las. Jesus conhece nossas aflições, porque anda no meio dos
candeeiros. Sua presença nunca se afasta.
• Nossa vida não está solta, ao léu.
Nosso Senhor não dormita nem dorme. Ele está olhando para você. Ele sabe o que
você está passando. Ele conhece a sua tribulação. Ele sabe das suas lutas. Ele
sabe das suas lágrimas. Ele sabe que diante dos homens você é pobre, mas ele
sabe os tesouros que você tem no céu.
• Jesus sabe das calúnias que são
atacadas contra você. Ele sabe o veneno das línguas mortíferas que conspiram contra
você. ■
• Ele sabe que somos pobres, mas ao
mesmo tempo ricos.
• Ele sabe que somos entregues à
morte, mas ao mesmo tempo temos a coroa da vida.
2. Jesus permite o sofrimento com um
propósito, para lhe provar, e não para lhe destruir - v. 10
• A intenção do inimigo é destruir a
sua fé, mas o propósito de Jesus é provar você. Os judeus estão furiosos. O
diabo está por trás do aprisionamento. Mas quem realiza seus propósitos é Deus.
O fogo das provas só consumirão a escória, só queimará a palha, porém tornará
você mais puro, mais digno, mas fiel. Jesus estava peneirando a sua igreja para
arrancar dela as impurezas. O nosso adversário tenta para destruir; Jesus prova
para refinar. Precisamos olhar para além da provação, para o glorioso propósito
de Jesus. Precisamos olhar para o além do castigo, para o seu benefício.
Exemplo: Davi - Foi-me bom passar pela aflição para aprender os teus decretos.
• O Senhor não o poupa da prisão, mas
usa a prisão para fortalecer você. Ele não nos livra da fornalha, mas nos
purifica nela.
3. Jesus controla tudo o que sobrevêm
à sua vida
• Nenhum sofrimento pode nos atingir,
exceto com a sua expressa permissão. Ele adverte os crentes de Esmirna sobre o
que está por acontecer, ele fixa um limite aos seus sofrimentos. Jesus sabe
quem está por trás de todo ataque à sua vida (v. 10). O inimigo que nos ataca
não pode ir além do limite que Jesus estabelece. A prisão será breve. E Jesus
diz: "Não temas as coisas que tens de sofrer." Três verdades estão
aqui presentes: a primeira é que o sofrimento é certo; a segunda é que será
limitado; a terceira é que será breve.
• Assim como aconteceu com Jó, Deus
diria para o diabo em Esmirna: "Até aqui e não mais". O diabo só pode
ir até onde Deus o permite. Quem está no controle da nossa vida é o Rei da
glória. Não tenha medo!
4. Jesus já passou vitoriosamente pelo
caminho estreito do sofrimento que nos atinge, por isso pode nos fortalecer
• Ele também enfrentou tribulação. Ele
foi homem de dores. Ele sabe o que é padecer. Ele foi pressionado pelo inferno.
• Ele suportou pobreza, não tinha onde
reclinar a cabeça.
• Ele foi caluniado. Chamaram-no de
beberrão, de impostor, de blasfemo, de possesso.
• Ele foi preso. Açoitado, cuspido,
pregado na cruz.
• Ele passou pelo vale escuro da
própria morte. Ele entrou nas entranhas da morte e a venceu.
• Agora ele diz para a sua igreja:
"Não temas as coisas que tens de sofrer." Ele tem poder para
consolar, porque ele foi tentado como nós, mas sem pecar. Ele pode nos
socorrer, porque trilhou o caminho do sofrimento e da morte e venceu.
• Ele é eterno - Ele é o primeiro e o
último. Aquele que nunca muda e que está sempre conosco.
• Ele é vitorioso - Ele enfrentou a
morte e a venceu. Ele destruiu aquele que tem o poder da morte e nos promete
vitória sobre ela.
• Ele é galardoador - Ele promete a
coroa da vida para os fiéis e vitória completa sobre a segunda morte para os
vitoriosos.
CONCLUSÃO
1. Quem tem ouvidos, ouça o Espírito
diz às igrejas - Cada igreja tem necessidade de um sopro especial do Espírito
de Deus. A palavra para a igreja de Esmirna era: considerem-se candidatos à
vida. Sob tribulação, pobreza e difamação continuem fiéis. Não olhem para o
sofrimento, mas para a recompensa. Só mais um pouco e ouviremos nosso Senhor
nos chamando de volta para Casa: "Vinde, benditos de meu Pai, entrem na
posse do Reino...", aqui não tem mais morte, nem prato, nem luto, nem dor!
2. O vencedor não sofrerá o dano da
segunda morte - Podemos enfrentar a morte e até o martírio, mas escaparemos do
inferno que é a segunda morte (v. 11), e entraremos no céu, que é a coroa da
vida (v. 10). Podemos precisar ser fiéis até à morte, mas então a segunda morte
não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas então a coroa da vida
nos será dada.